sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O primeiro dia de uma família.

Já ouvi falar que o ser humano vive de amor. Burros aqueles que discordam de tal afirmação.

Alguém ai já ouviu falar de uma vida que nasceu do ódio entre duas ou mais pessoas? É brega falar que do amor nasce a vida, porém é no mínimo mentira tentar omitir isso. Somos amor de corpo e alma, dos pés a cabeça, somos amor de coração, e talvez seja preciso ser um pouco brega para entender isso.

E quem é que liga? Com um mundo tão desunido, com vidas tão sofredoras, com almas tão penosas, com crianças cheias de fome, quem é que vai virar as costas para o amor? Só a pessoa mais burra desse mundo.

Digo que o primeiro dia de uma família é o casamento de seus pais, esses um dia serão aqueles sábios que te dirão o que fazer. E se um dia os seus pais se separarem - como os meus - não se revolte e nem tente entender, só saiba que o amor acabou. Tudo nesse mundo acaba, até as nossas vidas, então como que um sentimento tão frágil poderia ser eterno? Ele acaba sim, mas olhando qualquer álbum de fotos de um casamento, você verá que ele já existiu! Que ele esteve lá!

E se por um acaso, você se deparar com um amor eterno, aprenda com ele! Porque o amor também tanto tem a nos ensinar, e confesso que os amores eternos são realmente os mais gostosos.

Luto por todos os meus amores, luto por todos os amores do mundo. Porque não existiria vida, não existiria existência e não existiria graça se a gente não amasse.

Então siga esse conselho, dado por um jovem que está aprendendo o que é a vida:

AME, como os seus pais fizeram! VIVA! MORRA! E sim, deixe morrer se for preciso...
O segredo do amor é aproveitá-lo a cada mordidinha, inclusive a última, e se durar pra sempre, melhor ainda!




(Resolvi escrever sobre isso tudo depois de ver todas as fotos do casamento desses dois ai, e logo hoje, que eu to num dia tão "tribalistas", acabei ouvindo uma música muito bonita, daquelas meio sessentistas que com certeza nossos pais ouviam.)





Falados os segredos calam
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu

Pecado é lhe deixar de molho
E isso lhe deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus

Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render 

sábado, 8 de setembro de 2012

Uma andorinha não faz verão (?)

        Pouco tempo atrás, uma pessoa muito querida pegou minha mão para ler.

        Eu, muito descrente, deitei e sem criar pré-conceitos me deixei ouvir tudo o que supostamente minha mão saberia. Sem pestanear, a pessoa me disse que a minha "linha da vida" era conflituosa. Disse que eu teria que escolher dois caminhos.

        Em um deles a minha vida seria longa e no outro bem curta. No dia eu senti que aquilo havia me impressionado, senti também que nunca mais eu esqueceria aquelas palavras.

        O tempo passou, aqui cheguei. Muitas decisões estou tendo que tomar, muitas coisas estão mudando em muito pouco tempo. E fico feliz de ter começado a escrever infundadamente antes desses acontecimentos.

        Os que estão aqui presentes, desde o início, estão presenciando o meu amadurecimento, o meu eu interior, as minhas questões, as minhas dúvidas, os meus medos, amores, rancores e tudo o mais que se tem direito.

        Me conforta muito saber que a vida é assim. Seja a minha, a sua, ou a da famosa andorinha, que sozinha, não faz verão nenhum. Espero que os que passam por problemas semelhantes aos meus, dividam esses momentos tão difíceis comigo. Porque é muito ruim passar por isso sozinho. E assim fico mais feliz. Acho que essa felicidade ainda me mantêm de pé.




        Esse sou eu, sorriso no rosto seja qual for o problema. Se nossas vidas já são difíceis sorrindo, imagina ela sem essa força tão natural, tão bonita.

        E aqui eu vou indo, junto as andorinhas, vendo que caminho escolhi. Sinceramente, espero que tenha sido o da felicidade, seja qual for o preço.

Se sentir só, se sentir sem ninguém.
Meu medo muitas vezes já foi não ter amigos.
Mas agora o medo é maior. O medo é: não ter ninguém.

Família, amigos de infância, pessoas próximas.
E quando todos se viram contra você?
O que fazer, pra onde ir?

Muito difícil tomar decisões sozinho. Muito difícil viver nesse mundo sozinho.

Agora talvez eu entenda como muitas pessoas se sentem ou já se sentiram.
Quero contar meus sentimentos, quero gritar pra jogar tudo pra fora, quero alguém.

Sempre fui cheio de alegria, sempre fui positivo.
Mas agora parece que uma nuvem negra se instalou em cima da minha cabeça.

Quero que ela saia.
Quero que ela acabe.
Quero que ela fique azul.

Quero um lugar meu de novo,
com muitos amigos,
muitos beijos,
muita alegria,
e muita, muita confiança no próximo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Maré Boua

É tão bom sentir a maré boa retornando.
Como qualquer oceano nesse planeta de água abundante, a correnteza leva e traz de volta tudo aquilo presente na minha vida. Creio que seja assim com a vida de vocês também.
Digo que a maré levou e trouxe de volta esse clima de coisa boa acontecendo no ar.
Sim, nada demais está acontecendo. Mas a vontade e o sorriso voltaram para o lugar.
E isso é mais do que maravilhoso.

A partir de agora, não guardarei os maus momentos, nem tampouco as feridas.
Vida boa que se preze é construída de retalhos felizes, alegres e cheios de boas energias.

Maré boua e energias do bem pra Deus e o mundo!









Amém.

sábado, 11 de agosto de 2012

Me dê um beliscão!

As pessoas dizem que eu afasto aqueles que mais me amam.
Ando pensando bastante nessa frase, será que é verdade? Se for, talvez seja pura insegurança.
Sim, insegurança! Tenho tanto medo de perde-los quando menos esperar, que espero por isso o tempo todo.
Vivo pensando que vou perde-los, e por isso talvez não ligue muito para a perda. Só aparentemente.
Quando perco, me desmorono. Fico como um vivo-morto pela casa.
Durmo, escuto música, durmo de novo, penso, tento me distrair, canto, choro um pouco, passeio pela rua, choro pela rua, tento esquecer, me lembro, volto pra casa, durmo, tento correr atrás, choro, durmo e me lembro.
Não tem jeito, não tem como esquecer.
Eu amo essas pessoas e queria elas pra sempre ao meu lado.
Mas o pra sempre não existe, e isso é triste pensar.
Então pra quê prolongar algo, o qual todos sabemos aonde vai chegar?
A grande verdade é que eu não afasto as pessoas que mais me amam, eu apenas acelero esse processo.
Talvez por medo, talvez por defesa, ou vai ver é mesmo a tal da insegurança.

Então, da próxima vez que eu te afastar
Por favor, me dê um beliscão!
E se eu te xingar
Por favor, não escute não!
E se eu te bater, morder, fazer sofrer
Por favor, me dê um beliscão!

É só isso que você tem que fazer
Me dê um beliscão e me faça acordar
Me faça pensar que mesmo que não seja pra sempre
Pode ser lindo enquanto ainda vive.



Não tenho coragem de dizer mais isso pra você
Mas eu te amo. (E é pra sempre!)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Eu, continuo infundado

        Muitas mudanças aconteceram nesse ano. Sempre me deixaram claro que esse ano seria no mínimo o ano da mudança (ou o final dos tempos para os mais extremistas). E foi bem isso que aconteceu.

        Trancaram a minha faculdade de cinema, me afastaram de todos os meus grandes amigos e me trouxeram de mala e cuia para uma cidadezinha no interior do Rio de Janeiro. No começo essa mudança foi feita sem que eu percebesse, de fato, olhando para trás agora, eu realmente acho que ela aconteceu apenas por minha culpa e de mais ninguém.

        Assumo que minha curiosidade me levou a lugares que nunca havia pensado em ir, e isso me custou caro. Mas se me perguntarem se valeu a pena, eu direi que sim. Com toda a certeza do mundo valeu muito a pena essa mudança.

        Graças a todos esses fatos eu estou finalmente amadurecendo, na marra como diria meu avô. Graças a esses fatos também eu estou podendo ver as coisas de outra maneira, estou vivendo praticamente de sol e pizza e pensando muito na vida e no que eu quero pra ela.

        Hoje pelo menos tenho mais certeza do que nunca que tenho um futuro lindo pela frente, sei que coisas grandiosas estão pra acontecer e eu esperarei ansiosamente por elas, dia após dia.

        Comerei pizzas, trabalharei muito, conhecerei pessoas, visitarei lugares (por sinal já conheci praias paradisíacas e inabitáveis), aprenderei, com a vida. A melhor professora que poderia ter nesse momento.

        Graças a todas essas mudanças, acho que finalmente posso dizer que estou mais infundado do que nunca. E me dedicarei mais ao blog, e ao meu próprio conhecimento.

       E depois que essa maré de novidade passar, espero ter me tornado um homem afinal. E aí sim, poderei seguir meus sonhos com maturidade e foco, para que o futuro possa me esperar.

        Boas energias e vibrações a nós: meros seres vivos nesse mundo, que só sabe dar voltas.




sábado, 28 de julho de 2012

O pior poema do mundo

Juro que de hoje em diante só direi a verdade.
Nada mais do que a verdade.
E se doer, saia de perto, porque é apenas a verdade.

Sou maluco
Sou maconheiro
Sou jovem
E não tenho dinheiro


Estou apaixonado
Tranquei a faculdade
Demoro pra dormir
E nem sei a minha idade


Me amarro em uma praia
Me amarro no cinema
Me amarro em uma gandaia
Me amarro num problema


Faço rimas ruins
Que só eu acho interessantes

Já operei os rins
Com a cicatriz pareço uns meliantes


Mas assim eu vivo a sonhar
Sem preocupação e sem rancor

E se com respeito me deixar falar
Só pedirei um baseado, Meu Senhor